Para ser sincero, nem cogitei em fazer retrospectiva nenhuma do que rolou no mundo do tokusatsu no último ano, mas mudei de ideia logo após concluir que 2012 me foi recheado de tokusatsu do início ao fim. Como eu não domino o campo das notícias, pensei que uma alternativa legal seria relembrar alguns dos melhores momentos que eu vivenciei pessoalmente através do toku no ano passado, em clima de Top Five_ e até para tirar o atraso desse tipo de postagem por aqui.
Óbvio que, tendo que selecionar apenas cinco fatos, muita coisa marcante ficou de fora. Dentre elas, as conclusões de séries pelas quais sempre tive muito carinho, como Timeranger, Liveman e Dairanger me ocorreram em meados de 2012. Assim como as centenas de faixas musicais que gravei, de trilhas fantásticas, como as OST's de Denjiman, Kamen Riders Heisei, Liveman, ou as BGM's impecáveis dos pacotes de Sun Vulcan, Changeman, Bioman e Kamen Rider Agito (só para citar alguns).
Como falo aqui em experiência pessoais minhas, espero mesmo que este Top Five sirva também como fonte de dicas para outros fãs abertos à novidades, e sempre em busca do que o tokusatsu oferece de melhor. Então, vamos ao nosso tradicional pódio:
Posição 5- Estreia de Gobusters (27 de fevereiro)_ Quando Gobusters estreou, eu lembro que ainda me impressionava fácil com a tecnologia atual da Toei e suas ousadias em efeitos especiais. Após conferir o primeiro episódio do novo Super Sentai, foi muito difícil pensar em outra coisa, e mais difícil ainda assistir alguma série antiga com serenidade, depois que vi aquilo tudo. O CB-01 tomando a forma Ace em frações de segundos foi gritante. Lembrei que, muito tempo antes, em 1980, o robô de combate dos Denjiman, assim como o Ace, também era constituído de um único veículo (o Denji Tiger), e me emocionei muito ao comparar a evolução na velocidade da montagem do Ace com a lenta sequencia de 32 anos antes. Ficou no ar a certeza de que Gobusters estava exibindo o melhor possível de tudo o que já se conquistou em termos de produção.
Posição 4- Duplo Final Vent no episódio 37 de Kamen Rider Ryuki (09 de outubro)_ Em 2012 eu iniciei minha saga pelos Kamen Riders de Era Heisei, de Kuuga à Decade_ uma longa jornada que espero concluir até o fim deste ano. Minha principal intenção com isso, além de me divertir, é acumular o máximo de experiências possíveis, também interessado em conhecer os rumos que o gênero tomou até chegar nisto que é hoje, com W, OOO e Wizard.
Meio na correria, terminei o ano próximo do episódio 20 de Blade. E é justamente essa correria a minha pior inimiga no meu propósito, já que as pausas são raras, e nem todo dia assisto episódios desses Heisei com 100% de vontade. No dia em que assisti o episódio 37 de Ryuki, minha vontade era de, digamos, uns 70%. Por sorte, tive a sensibilidade de reconhecer a grandiosidade deste trecho, que imediatamente separei para compartilhar com todos através do meu canal de vídeos. Confesso que o impacto me é muito maior quando revejo o momento nos dias de hoje, sempre em companhia do indispensável balde, para conter as lágrimas. Afinal, se um Rider só é um Rider legítimo quando possui uma moto, nada poderia ser mais lindo do que vermos um monstro maligno_ inimigo natural do herói_ tomando a forma do veículo, para auxiliá-lo na luta e continuar cumprindo com seu pacto. Confira o trecho no vídeo abaixo:
Posição 3- Filme do Kamen Rider Shin (22 de agosto)_ Em 2011, o filme do Kamen Rider ZO me deu o primeiro empurrãozinho para eu ser este tokufã compulsivo que sou atualmente. Poucos dias depois, enlouqueci conhecendo outro Rider Movie, o do ZX, cujas sequelas me fizeram abandonar uma antiga profissão e até relacionamentos em dedicação ao tokusatsu. Após tudo isso, Kamen Rider Shin era "O Filme" que me faltava experimentar, meu sonho de consumo maior dentre tudo o que se fez, e até do que se fará futuramente em filmes. Seu enredo confuso_ bem mais do que o do criticado Super Hero Taisen recente_ praticamente impossibilita alguém de resenhá-lo detalhadamente.
Mas o forte do filme é outro fator, bem diferente disso: o fator experimental. A ousadia feita através da criação e do que se vê em Kamen Rider Shin é, na minha opinião, a experiência mais necessária que um tokusatsu já produziu em todos os tempos. Aqui, os clichês presentes no obscuro e repugnante universo dos filmes de terror americanos são incorporados por um gênero popular no Oriente, reciclados e depois transformados numa bela história de tom realista, mostrando um Rider que encarou uma das lutas mais difíceis de nossos tempos: a luta pela própria liberdade.
Posição 2- Conclusão de Goggle V (11 de outubro)_ Foram várias as séries que eu atingi o episódio final em 2012, algumas delas iniciadas no próprio ano. Dentre todas, a escolha de Goggle V para figurar aqui no pódio é a mais justificável, seja pela profunda intimidade que eu tenho com a série_ uma relação de amor intenso, de quase 20 anos_, seja pela extrema dificuldade de encontrar seus episódios disponíveis para download além do 25º.
Talvez por ser uma das mais mal-amadas dentre as que ganharam dublagem brasileira_ uma péssima dublagem, devo reconhecer, concebida na base do remendo_, foram muitos meses de frustrações, downloads de horas em péssimos servers para no fim constatar que o episódio em questão, ao contrário do "dublado completo" anunciado pelo site, nada mais era que uma simples RAW. Para minha surpresa, completei a série via You Tube, um lugar onde episódios de tokusatsu são deletados em questão de minutos. Ciente disso, me obriguei a assistir nada menos que os 29 episódios que me faltavam em apenas 10 dias. Só lamento não poder ter saboreado isso mais tranquilamente.
Posição 1- Descoberta da série Patrine (2 de maio)_ Falando em tokus mal amados pelos brasileiros, vejam só quem está no topo mais alto do meu pódio em 2012! Pode parecer incrível mas, para mim, a surpresa é tão grande quanto para vocês. Eu, que sempre fui um adepto e defensor das séries que transbordam força, com enredos sombrios e mensagens positivas, jamais poderia imaginar que um tokusatsu cômico e mais voltado ao público feminino pudesse me causar tamanho impacto.
Mas isso é justificável apenas pela sensação que eu tive na tarde que tirei para assistir o primeiro episódio. Foi exatamente a mesma sensação que eu tinha de criança, cada vez que zapeava a TV, como quem não quer nada, e descobria um tokusatsu diferente. Era um misto de admiração com hipnose que, tal como senti em 2 de maio último com Patrine, me levava a gastar dias pensando exclusivamente nos minutos em frente àquela ação inedita. Naquela situação, me senti com, no máximo, uns dez anos de idade, sem falar que sei como é raríssimo sentir coisa parecida nos dias de hoje, por mais que eu vasculhe por novidades. São 18, 19 anos à frente do tempo em que aquela sensação me era habitual. Por isso, pouco importa a qualidade da série ou o que ela propõe. Voltar a se sentir criança, neste caso, está acima de tudo.
Óbvio que, tendo que selecionar apenas cinco fatos, muita coisa marcante ficou de fora. Dentre elas, as conclusões de séries pelas quais sempre tive muito carinho, como Timeranger, Liveman e Dairanger me ocorreram em meados de 2012. Assim como as centenas de faixas musicais que gravei, de trilhas fantásticas, como as OST's de Denjiman, Kamen Riders Heisei, Liveman, ou as BGM's impecáveis dos pacotes de Sun Vulcan, Changeman, Bioman e Kamen Rider Agito (só para citar alguns).
Como falo aqui em experiência pessoais minhas, espero mesmo que este Top Five sirva também como fonte de dicas para outros fãs abertos à novidades, e sempre em busca do que o tokusatsu oferece de melhor. Então, vamos ao nosso tradicional pódio:
Posição 5- Estreia de Gobusters (27 de fevereiro)_ Quando Gobusters estreou, eu lembro que ainda me impressionava fácil com a tecnologia atual da Toei e suas ousadias em efeitos especiais. Após conferir o primeiro episódio do novo Super Sentai, foi muito difícil pensar em outra coisa, e mais difícil ainda assistir alguma série antiga com serenidade, depois que vi aquilo tudo. O CB-01 tomando a forma Ace em frações de segundos foi gritante. Lembrei que, muito tempo antes, em 1980, o robô de combate dos Denjiman, assim como o Ace, também era constituído de um único veículo (o Denji Tiger), e me emocionei muito ao comparar a evolução na velocidade da montagem do Ace com a lenta sequencia de 32 anos antes. Ficou no ar a certeza de que Gobusters estava exibindo o melhor possível de tudo o que já se conquistou em termos de produção.
Posição 4- Duplo Final Vent no episódio 37 de Kamen Rider Ryuki (09 de outubro)_ Em 2012 eu iniciei minha saga pelos Kamen Riders de Era Heisei, de Kuuga à Decade_ uma longa jornada que espero concluir até o fim deste ano. Minha principal intenção com isso, além de me divertir, é acumular o máximo de experiências possíveis, também interessado em conhecer os rumos que o gênero tomou até chegar nisto que é hoje, com W, OOO e Wizard.
Meio na correria, terminei o ano próximo do episódio 20 de Blade. E é justamente essa correria a minha pior inimiga no meu propósito, já que as pausas são raras, e nem todo dia assisto episódios desses Heisei com 100% de vontade. No dia em que assisti o episódio 37 de Ryuki, minha vontade era de, digamos, uns 70%. Por sorte, tive a sensibilidade de reconhecer a grandiosidade deste trecho, que imediatamente separei para compartilhar com todos através do meu canal de vídeos. Confesso que o impacto me é muito maior quando revejo o momento nos dias de hoje, sempre em companhia do indispensável balde, para conter as lágrimas. Afinal, se um Rider só é um Rider legítimo quando possui uma moto, nada poderia ser mais lindo do que vermos um monstro maligno_ inimigo natural do herói_ tomando a forma do veículo, para auxiliá-lo na luta e continuar cumprindo com seu pacto. Confira o trecho no vídeo abaixo:
Posição 3- Filme do Kamen Rider Shin (22 de agosto)_ Em 2011, o filme do Kamen Rider ZO me deu o primeiro empurrãozinho para eu ser este tokufã compulsivo que sou atualmente. Poucos dias depois, enlouqueci conhecendo outro Rider Movie, o do ZX, cujas sequelas me fizeram abandonar uma antiga profissão e até relacionamentos em dedicação ao tokusatsu. Após tudo isso, Kamen Rider Shin era "O Filme" que me faltava experimentar, meu sonho de consumo maior dentre tudo o que se fez, e até do que se fará futuramente em filmes. Seu enredo confuso_ bem mais do que o do criticado Super Hero Taisen recente_ praticamente impossibilita alguém de resenhá-lo detalhadamente.
Mas o forte do filme é outro fator, bem diferente disso: o fator experimental. A ousadia feita através da criação e do que se vê em Kamen Rider Shin é, na minha opinião, a experiência mais necessária que um tokusatsu já produziu em todos os tempos. Aqui, os clichês presentes no obscuro e repugnante universo dos filmes de terror americanos são incorporados por um gênero popular no Oriente, reciclados e depois transformados numa bela história de tom realista, mostrando um Rider que encarou uma das lutas mais difíceis de nossos tempos: a luta pela própria liberdade.
Posição 2- Conclusão de Goggle V (11 de outubro)_ Foram várias as séries que eu atingi o episódio final em 2012, algumas delas iniciadas no próprio ano. Dentre todas, a escolha de Goggle V para figurar aqui no pódio é a mais justificável, seja pela profunda intimidade que eu tenho com a série_ uma relação de amor intenso, de quase 20 anos_, seja pela extrema dificuldade de encontrar seus episódios disponíveis para download além do 25º.
Talvez por ser uma das mais mal-amadas dentre as que ganharam dublagem brasileira_ uma péssima dublagem, devo reconhecer, concebida na base do remendo_, foram muitos meses de frustrações, downloads de horas em péssimos servers para no fim constatar que o episódio em questão, ao contrário do "dublado completo" anunciado pelo site, nada mais era que uma simples RAW. Para minha surpresa, completei a série via You Tube, um lugar onde episódios de tokusatsu são deletados em questão de minutos. Ciente disso, me obriguei a assistir nada menos que os 29 episódios que me faltavam em apenas 10 dias. Só lamento não poder ter saboreado isso mais tranquilamente.
Posição 1- Descoberta da série Patrine (2 de maio)_ Falando em tokus mal amados pelos brasileiros, vejam só quem está no topo mais alto do meu pódio em 2012! Pode parecer incrível mas, para mim, a surpresa é tão grande quanto para vocês. Eu, que sempre fui um adepto e defensor das séries que transbordam força, com enredos sombrios e mensagens positivas, jamais poderia imaginar que um tokusatsu cômico e mais voltado ao público feminino pudesse me causar tamanho impacto.
Mas isso é justificável apenas pela sensação que eu tive na tarde que tirei para assistir o primeiro episódio. Foi exatamente a mesma sensação que eu tinha de criança, cada vez que zapeava a TV, como quem não quer nada, e descobria um tokusatsu diferente. Era um misto de admiração com hipnose que, tal como senti em 2 de maio último com Patrine, me levava a gastar dias pensando exclusivamente nos minutos em frente àquela ação inedita. Naquela situação, me senti com, no máximo, uns dez anos de idade, sem falar que sei como é raríssimo sentir coisa parecida nos dias de hoje, por mais que eu vasculhe por novidades. São 18, 19 anos à frente do tempo em que aquela sensação me era habitual. Por isso, pouco importa a qualidade da série ou o que ela propõe. Voltar a se sentir criança, neste caso, está acima de tudo.